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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Revolta no Egito expõe falhas no modelo econômico do país

A onda de protestos contra o presidente Hosni Mubarak, que se espalhou por várias cidades do Egito expõe as falhas no modelo econômico do país, onde de acordo com o Banco Mundial, 40% da população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 2 dólares por dia e a taxa de desemprego é de 25%. Estas pessoas dependem dos subsídios que o governo paga para os setores de alimentos, combustíveis e outros, que devem atingir um total de US$ 17 bilhões neste ano (R$ 28,5 bilhões).
 A sustentabilidade do crescimento do Egito e os cortes de despesas dependem em boa parte da confiança dos investidores estrangeiros, dos turistas que visitam as atrações do país e das empresas que enviam suas cargas através do estratégico Canal de Suez.
 A crise no Egito deixa claro que nós vivemos em um mundo interconectado economicamente, basta olhar para o Canal de Suez, que oferece uma ligação de 193 quilômetros entre o Mar Mediterrâneo, o Mar Vermelho e o Golfo de Suez.O canal é uma das maiores fontes de renda do Egito, juntamente com o turismo e a exportação de petróleo.Aproximadamente 35 mil embarcações por ano atravessam o canal, que é uma das mais importantes rotas para transporte de carga em todo o mundo.
Um possível fechamento obrigaria navios que viajam entre a Ásia e a Europa a contornar o Cabo da Boa Esperança, o que acrescentaria 9656 quilômetros à jornada.
 Os protestos, que se espalham pelo país, têm o objetivo de forçar a saída de Mubarak - no poder desde 1981.Mesmo sendo um regime autoritário, o Egito é um dos principais aliados dos Estados Unidos e da Europa no mundo árabe. O principal temor do Ocidente é que a Irmandade Muçulmana, grupo fundamentalista islâmico, ligado ao Hamas palestino, e que foi posto na clandestinidade por Mubarak, possa assumir o governo do país. Eles defendem a adoção de leis religiosas no Egito, baseadas na sharia (código islâmico, baseado no Corão).
 Enfim, uma das grandes incógnitas dos protestos é se eles irão exacerbar a crise de confiança internacional ou abrir caminho para mudanças que irão reparar os danos já sofridos.



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